Laurence van Cott Niven, nascido e 30 de Abril de 1938, é um autor Americano de Ficção Científica. O seu trabalho mais conhecido é, provavelmente, “Ringworld, um grandioso romance de aventuras espaciais nas melhores tradições da “velha vaga”, que recebeu os prémios Hugo, Nebula e Dietmar.
Foi com prazer que redescubri Larry Niven, numa conto repleto das ideias da “velha vaga” e que demonstra o quão superior pode ser o estilo narrativo simples. Neste conto seguimos Edward Harley Frazer, dono de um bar, o “copo de ouro”, e um “monge”: personagem estranha, não só por ser extraterrestre, mas pela própria descrição da personagem, sempre envolta nas sombras e sempre em busca de provar as mais diversas qualidades de bebidas alcoólicas. Este monge carrega consigo vários comprimidos que, assim que tomados, dão ao seu consumidor conhecimentos extraordinários sobre as mais diversas áreas. Edward acorda com uma sensação estranha, como se sentisse os dissabores de uma enorme ressaca, e é surpreendido por um elemento dos serviços secretos que, a todo o custo, tenta descobrir que tipo de comprimido Edward tomou e se os mesmos serão perigosos para o futuro da Humanidade. Sem saber a que se deve a visita dos monges à terra, Edward vai contando ao seu interlocutor o que se recorda de ter aprendido com os comprimidos, mas o problema é que não se lembra de ter tomado um quarto, aquele que é mais importante para o desfecho da história, aquele que pode salvar a humanidade de uma catástrofe!
Escrito de uma forma extremamente simples, apenas peca por ser pequeno, talvez a forma de novela fosse mais propícia a desenvolver os temas abordados; no entanto é um excelente conto de ficção científica. Publicado em lingua portuguesa numa antiga edição da Dêagá, integra uma antologia de contos: os melhores contos de FC de 1972.
Sem dúvida, um autor a descobrir ou, quem sabe, a redescobrir!
Roberto Mendes