Devo confessar que não foi fácil começar a ler este livro. Comprei-o pela curiosidade, e pela vontade de voltar a ler Fantástico estrangeiro depois de já estar há alguns meses a ler apenas o Fantástico nacional. E nos primeiro capítulos quase que me arrependi… Embora, no final, me sinta recompensado!
Trata-se de uma história que se deve ler em lume brando…
O Rapaz – o personagem principal da história – é entregue pelo avô aos militares da Torre do Cervo, pois é filho bastardo de um importante monarca. Rapaz não é o nome dele, mas, na verdade, também não tem um.
O mundo desta história tem regras muito próprias, entre as quais existe a de o nome ser dado com base nas habilidades naturais de cada um, ou características muito próprias, ou ainda por traços de personalidade. A autora consegue, desta forma, acentuar a falta de préstimo do personagem, já que esta é, sem dúvida, a única coisa em que todos os outros concordam ao longo da história e é aquilo que melhor caracteriza o Rapaz para quem o conhece pouco.
No entanto, o Rapaz, tomado debaixo da protecção Castro, um homem dos estábulos, acaba por cair nas boas graças do Rei e é aí que tudo começa a tornar-se mais interessante.
Enquanto o Rapaz, que começa ser tratado por Fitz, é ensinado nas mais diversas artes sem saber bem porquê, vê a sua inteligência desenvolver-se com o aprendizado específico que lhe estava a ser ensinado e apercebe-se de que o Rei tinha um propósito para si que deveria manter em segredo.
A história dá o grande salto quando Fitz recebe o ensinamento do Talento. É aqui que a personalidade do Rapaz vai formar-se e foi a partir daqui que a história ganhou vida. Aquela vida que nos faz devorar os livros…
Resumindo: o Rapaz passou de inútil a uma peça essencial do reino e no final… Bem! Não vou dizer, como devem calcular!
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