Uma reacção à sessão de apresentação da Dagon por parte de Pedro Ventura e as duas primeiras críticas à revista:
Pedro Ventura
Teve assim lugar o lançamento da Dagon na Invicta e, em minha opinião, a concretização do sonho do Roberto Mendes e da Rita Comércio ( que finalmente conheci! ) não podia ter sido melhor. Um sonho movido pelo puro prazer e amor ao Fantástico, coisa rara nos dias que correm… Uma iniciativa rara e que poucos teriam a coragem de concretizar. Mas o entusiasmo do Roberto parece-me ser daquele capaz de mover montanhas. Bem Haja!
Muito público a encher o Clube Literário do Porto e a participar activamente nos debates. Uma participação tão “apaixonada” que acabou por faltar tempo para abordar outros temas mas, haverão outras oportunidades! – e será em breve publicado neste blog um resumo dessas temáticas.
Alguns rostos já conhecidos como Rogério Ribeiro ( que me parece ter sido uma figura chave na concretização deste evento ), Luis Filipe Silva e João Barreiros, nomes sobejamente conhecidos. Foi ainda a oportunidade de conhecer pessoalmente a Carla Ribeiro, algo que andava adiado. Havia por ali muita gente que participa no Correio da Fantástico ( desculpem mas sou péssimo a memorizar nomes ) com quem eu gostava de ter tido tempo para falar, mas não fica esquecida a ideia… Este foi, sem dúvida, não só um encontro de escritores e designers, mas também um encontro de “bases” e isso é sempre positivo.
Parabéns a todos e obrigado!
E agora as críticas, uma do blogue Donagata e outra de Carla Ribeiro. Ficam os links e partes das críticas:
Carla Ribeiro
Li-a ontem. A revista, claro.
E, devo confessar, que aquilo que li ultrapassou bastante as minhas expectativas mesmo depois de ter ouvido a intervenção dos autores aquando da apresentação. Uns, naturalmente, deixaram-me mais curiosa do que outros. A verdade, porém, é que todos me surpreenderam.
Havia já bastante tempo que, por norma, não era consumidora de literatura de ficção científica e, mesmo da literatura fantástica, tão na moda actualmente, só tenho lido autores “clássicos” em relação aos quais sei (ou julgo saber) com o que posso contar. As incursões por autores mais actuais ( e refiro-me sempre a literatura traduzida), revelaram-se uma grande seca. Perdoem-me a vulgaridade do vocábulo mas é, sem dúvida, o que melhor ilustra o valor do que li; fraquinho, fraquinho, fraquinho….
Julguei eu que tal afastamento se devia um pouco à idade que, à medida que aumenta, vai-nos alterando os gostos e as disposições para.
Mas afinal, se calhar, não! Não é uma questão de idade. É, sim, uma questão de qualidade!
Pois, para espanto meu, fiquei presa aos contos, pequenos é certo, que a revista traz. E até para ser inteiramente franca, o que menos apreciei (talvez porque não tenha sabido fazê-lo e precise de o reler) foi o de Nir Yaniv, escritor/editor/músico israelita que aparece com provas dadas.
Por isso, a partir de agora vou andar muito mais atenta em relação ao que se produz neste campo no nosso país pois o pouco que li foi francamente encorajador.