Lançamento do primeiro nº do “Conto Fantástico”

Irá decorrer no próximo dia 21, quarta-feira, às 19h na Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro (em Telheiras) o lançamento do primeiro número de “Conto Fantástico”, publicação mensal propriedade da Antagonista Editora, dirigida por Roberto Mendes.

Trata-se de um projecto inovador cujo principal objectivo é colmatar a actual ausência de órgãos nos quais os novos autores, portugueses e lusófonos, possam ser publicados e, consequentemente, criticados e escrutinados. Julgamos que só assim poderão não só dar-se a conhecer como também poderão, com base nas críticas que receberem, melhorar o seu desempenho. Embora já existam no mercado duas revistas (BANG! e Dagon) dedicados ao género, qualquer uma delas se dedica a publicar os trabalhos de autores já consagrados e/ou publicados, enquanto que “Conto Fantástico” tem por alvo publicar os contos daqueles autores ainda desconhecidos do público português, com excepção das entrevistas – essas sim, dedicadas a contistas já conhecidos dos entusiastas portugueses da ficção científica e do fantástico.

A publicação encontra-se já à venda no circuito de distribuição alternativo que a editora tem vindo a tentar montar – Mongorhead Comics (Lisboa), Ghoul Gear (Faro), Dr. Kartoon (Coimbra) e Asa Negra Comics (Almada) – e estará disponível brevemente na rede de lojas FNAC, e não só.

Página oficial do mensário: http://www.fantastico.com.pt

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32 respostas a Lançamento do primeiro nº do “Conto Fantástico”

  1. É com enorme prazer que recebo o anúncio de que o jornal vai estar à venda em lojas nos mais variados pontos do país! Ainda esta semana irei adquirir um número à Dr. Kartoon, certamente 😉

    Abraço

  2. Pensei que as confusões tinham ficado resolvidas, afinal não!
    Nem a Bang e a Dagon têm ignorado os novos autores, nem o Jornal se resume a falar de autores desconhecidos. Sugerí-lo, subentendê-lo ou declará-lo, não consegue passar de publicidade mal escrita.

    Flávio, desculpa a frontalidade, mas pensei que esse assunto já tinha ficado devidamente clarificado.

    Talvez “consistência” fosse um alvo mais adequado, do que a “inovação” que tantos parecem perseguir recentemente de forma quase doentia!

    Um abraço, e até quarta,
    Rogério

  3. Bom, com excepção da Carla Ribeiro (dado ser a sua primeira incursão na ficção científica), os restantes contistas não têm qualquer livro publicado.

    O resto, é marketing 😉 pois então. Não há revistas que insistem serem as únicas dignas de serem lidas pelos verdadeiros apreciadores? Nós vamos insistir que somos inovadores, marketing vs marketing.

  4. Começando pelo mais importante, a minha questão prende-se principalmente com a necessidade, que considero exagerada (e por vezes até abusiva) de se criarem comparações.
    Repara que se tivesses colocado que o Jornal se dedica a dar a conhecer novas vozes na literatura fantástica portuguesa, e coisas “marketizantes” do estilo, eu não colocaria qualquer objecção. Agora, quando começas a enquadrar outras publicações, neste caso até com comparações que se revelam fundamentalmente erradas, já caimos num terreno mais movediço. Sem querer ou por querer, estás a espalhar a ideia (errada!) que quem é desconhecido não se deve preocupar em submeter à Bang! ou à Dagon, e que tem entrada facilitada no Jornal. E esse tipo de atitudes, mesmo que involuntárias, não me parecem particularmente saudáveis… mesmo em nome de um revanchismo de marketing, como pareces evidenciar no post anterior!

    Quanto a um pormenor menor, achei piada à tua definição de “desconhecido”! Fiquei então a saber que se refere a autores a escrever numa área que não seja habitualmente a sua, assim como a autores não publicados em formato livro, o que, provavelmente englobará quase todos os contistas nacionais do fantástico! Não tem importância, obviamente, mas tem muita piada!

    Um abraço,
    Rogério

  5. Eu pensava que isto era um diálogo, não um concurso pueril. Peço desculpa pelo mal-entendido.

    Abraço,
    Rogério

  6. Realmente, Flávio, acho que era saudável uma outra atitude tua nesta discussão. O Rogério tem razão naquilo que diz, não é questão de ganhar ou não uma bicicleta, mas de saber assumir os erros.

    A Bang! e a Dagon (nesta última, por exemplo, publiquei eu, pela primeira vez na área do Fantástico) não recusam novos autores, simplesmente não se resumem a eles. Mais, colocam os novos autores e os autores consagrados num pé de igualdade, exigindo qualidade tanto aos estreantes como aos consagrados.

  7. igdrasil diz:

    Eu, que criei e organizei já três números do jornal, devo dizer que é uma publicação com objectivos diferentes de outra publicação que organizo, a Dagon! Quanto à revista Bang! apenas posso falar como leitor e neste momento até se esperam mudanças com a Saafa Dib no comando editorial, por isso nem vale a pena comparar.

    No Jornal estamos à procura de bons contos de autores de língua portuguesa, realmente o objectivo da publicação é dar espaço a novas vozes do fantástico nacional, mas não fechamos as portas a velhos conhecidos do género, desde que submetam bons textos. Uma das grandes diferenças entre a Dagon e o Jornal é o facto de no jornal não existirem autores convidados, todos os autores terão de submeter e esperar por uma resposta. Na Dagon tenho convidado vários autores e no jornal não o faço. Na Dagon também teremos e já tivemos autores desconhecidos contudo as diferenças partem desde logo da filosofia inerente a cada uma das publicações. Se considero o jornal inovador? Sim, comparando com o actual mercado de publicações no fantástico português, penso que uma publicação de carácter mensal, com períodos de submissão abertos durante todo o ano, que não publica autores por convite e que publica apenas autores de língua portuguesa terá de ser considerada diferente da Dagon e da Bang!. Isto na parte de “ficção”. Na parte de “não ficção” têm bastantes semelhanças.

    Mas será que isto realmente merece ser discutido? Penso que outras coisas devem ser discutidas relativamente a esta publicação. A sua filosofia é apenas o ponto de partida, o que deve ser discutido é se realmente o jornal resulta, se é uma publicação que ajuda ou não os autores, se tem espaço no panorama do fantástico português, se tem qualidade, entre outras coisas.

    Penso que já é tempo de parar de discutir questões menores e de se começar a discutir o que realmente interessa. Durante semanas não existiram se não dois ou três comentários referentes ao jornal, o que demonstra o desinteresse dos leitores, no site onde apresentamos peças de ficção as visitas são escassas e os comentários ainda mais raros. Quando entrei neste universo paralelo que é a literatura fantástica nacional os leitores estavam ávidos de projectos e queixavam-se muitas vezes que não existiam revistas, que não existiam peças de ficção a ser apresentadas online, entre outras coisas. Agora que tudo isto existe o que noto é um enorme desinteresse. Alguns ainda aparecem, mas muitos se evaporaram. E porquê? É isto que se deve discutir. No correio do fantástico foi gerada uma discussão enorme sobre a literatura fantástica no verão passado, dezenas de comentários, centenas e centenas de visitas, várias tomadas de posição. Mas depois a maior parte dessas vozes deixaram de se ouvir. O Fandom, que nessa altura foi tão atento, hoje parece estar moribundo. Nessa altura alguns achavam que eu não devia estar bom da cabeça, com tantos projectos que prometia. Pois bem, já estão cá fora duas publicações (apesar da Dagon estar a atravessar uma fase mais problemática), criei mais um site onde aparecem algumas ficções, a Vollüspa está pronta e saí em Setembro por opção da editora HM. Já editei e publiquei desde aí perto de duas dezenas de contos e durante este ano espero chegar às 50 peças de ficção em todos os projectos. Depois dessa discussão eu lutei para melhorar as coisas, sempre à minha maneira e sempre criticado por muitos, mas lutei. Onde está o fandom? Que tem feito? (fora os casos das “Conversa Imaginárias” e do Fórum Fantástico” que volta este ano, um ou outro projecto que surgiu como a colecção MIR e as Memórias da FC, onde estão aqueles que tanto gostam do fantástico?). Isto sim, merece ser discutido, sempre com correcção, o que nunca aconteceu desde que ando neste campo, o que infelizmente já diz muito.

    Existem tantos apaixonados pela FC dentro do fandom, contudo que crédito têm dado à Antagonista, que aparece no mercado a tentar devolver a FC aos escaparates, que investe dinheiro em projectos financeiramente arriscados como o Jornal? Conto três ou quatro críticas em sites ao primeiro volume da colecção MIR. Que vontade devem ter eles? Sinceramente devem ter vontade de desistir. O que já aconteceu comigo várias vezes.Foram algumas raras excepções na literatura fantástica portuguesa não existem facilidades de comunicação, de entrar no mercado…e porquê? Isto dá dinheiro? Nem pensar. Dá é para perder dinheiro. Mas pelo menos temos a simpatia das pessoas pelo esforço que fazermos? É que nem pensar. Quanto muito temos comentários insultuosos na net, espalhados por fóruns e afins e gente a agoirar os projectos.

    É preciso gostar muito do que se faz para continuar no fantástico português, porque sinceramente por vezes só dá vontade de fugir.

    Esta não é uma resposta directa a nenhum dos intervenientes que comentaram este post, é um logo desabafo de quem está por dentro e espera ver as pessoas com vontade de conhecer os projectos que dão imenso trabalho, mas que depois só vê discussões laterais aos mesmos, que não levam a lado nenhum.

    Roberto Mendes

    PS: Espero por todos os interessados nestes assuntos no lançamento do jornal, unidos somos muito mais fortes, se lutarmos cada um por si não vamos a lado nenhum! Espero que me provem que estou errado, que apenas estou a ver esta realidade a preto e branco quando a mesa é repleta de cores!

    • Roberto,

      O teu esforço é altamente meritório, independentemente de alguns erros e enganos que tem surgido colados aos projectos que tem lançado.

      Sobretudo o mais importante é não te deixares abater.

      Estes projectos são sempre complicados e os detractores mais que muitos, mas não desistir ou tentar resistir a desistir é o mais importante.

      O Jornal se continuar a manter os seus propósitos, será inovador. Então se conseguires publicar todos que tiverem textos publicáveis, sem distinções de sexo, idade, notoriedade, religião ou qualquer outra distinção, supostamente limitadora, só isso será fantástico. Textos de outros falantes de português para além dos de cá e dos brasileiros, seria então mais impressionante ainda.

      Não esqueceres que os primeiros trabalhos não são obras primas, será também fundamental.

      No meio de tudo isto é bom saberes que apesar de ninguém ver, afinal é mais um caso de seres invisíveis que te mantém debaixo de escrutínio cerrado.

      Projectos como os teus e enquanto continuarem a manter a coerência, conta com o meu apoio, sem que com isso passe a ser acrítico.

      Abraço,

      Álvaro

      • pventura diz:

        O Roberto nunca estará, de facto, sozinho.

        Acrescento que ontem houve um “pico” de visitas a este blog que renega qualquer ideia que isto esteja a “passar ao lado”.

        Abraço!

  8. Bom, Roberto, a reacção visceral ao teu (longo) post é: bem-vindo à realidade!

    Nada do que relatas é novo, nada deixou de acontecer a inúmeras outras pessoas que antes de ti se auto-investiram na espinhosa tarefa de (tentar) mudar o panorama.

    O que não quer dizer que não se atinja nada, muito pelo contrário. Mas para isso há muito que se diga… e que será dito depois do almoço, que agora estou de saída! 😉

    Abraço,
    Rogério

  9. Roberto,

    Entendo a tua ansiedade pela falta de feedback. No entanto, mesmo sabendo que essa falta de reacção genérica do público (atribuível a várias razões, desde o assinalável seguidismo de algumas opiniões à incapacidade de alguns criadores/editores receberem da melhor forma os comentários) é endémica, creio que existem neste caso alguns factores mitigantes.

    Primeiro, estás a referir-te, no fundo, a publicações que ou não existem ainda fisicamente ou são de aparecimento demasiado recente. A Volluspa ainda não existe, e dos 3 nºs que dizes ter editado do Jornal, apenas um saiu e imagino que muitos dos seus compradores estarão à espera do lançamento para o adquirir.
    Ou seja, em muito do que referes, não houve ainda tempo para consulta, quanto mais reacção.
    Além disso, por alguma razão é esperada uma “mão” editorial ao leme das publicações, e isso é algo que os leitores só conseguem avaliar e comentar ao fim de alguns nºs.

    Da mesma forma, se a publicação resulta ou não, se contribui ou não de forma positiva para o género, é algo que surgirá com a sua crescente implantação, nunca será fenómeno do primeiro nº, e muito menos da sua antecipação. Mais do que a filosofia de um projecto, o que valerá avaliar é a sua execução real.

    O interesse dos leitores é algo que se ganha aos poucos. E que só se mantém/expande com consistência e regularidade. Deixando a primeira para ser discutida noutra altura, sabemos que a segunda é um grande calcanhar de Aquiles das publicações amadoras. Falo por mim, que sempre senti ter sido a falta de periodicidade o maior impedimento ao crescimento das publicações que editei.
    Se agora pensares que a Dagon se apresentou como uma revista trimestral, e quando deveria estar no nº3 afinal ainda não passou do nº1, que a Volluspa é aguardada há alguns meses (para não dizer anos, nas suas diferentes encarnações), que o Jornal estava para sair desde pelo menos Abril, com vários anúncios de atraso entretanto, que o lançamento depois de várias promessas só vê o programa (timidamente) anunciado a dois dias do evento (e apenas num blog, que nem sequer é o oficial do Jornal) e que se resume a um debate com um convidado, percebes que nada disto cativa particularmente a atenção dos leitores.
    Não interpretes estas observações como críticas. Estou entre aqueles que provavelmente dão mais valor, e mais consideração têm por estes esforços, porque sabem o que custa organizar cada uma destas publicações e cada um destes eventos. Mas, pondo-me no lugar do leitor “normal” que é necessário cativar, mesmo os mais fãs do género (ou precisamente esses) podem ter alguma queda de interesse em seguir as iniciativas. Repara que existirão potencialmente leitores que esperam há 6 meses pela conclusão do conto do Barreiros que apresentaste na Dagon #1…

    Obviamente que a resposta a isso é a continuidade (ambiciosa) do Jornal que, acredito, por si só acabará por responder a alguns dos anseios que evidencias neste momento.

    Quanto ao fandom, esse rótulo tão lacto, trata-se apenas de um grupo de pessoas. Cujo interesse é suscitado mais facilmente que os restantes, mas cujo desinteresse também pode ser despoletado de forma mais crítica e sensível. Saber gerir esses dois aspectos, ganhar o seu respeito ou o seu desdém, é algo que se faz com o tempo (um mais rápido que outro, concedo!). Seja como for, pela minha experiência, e mesmo considerando alguns egos inflamados, julgo que nunca deixaram de reconhecer um bom trabalho em prol do género… mesmo que esse reconhecimento seja por vezes expressado de modo muito particular. Mas, verdade seja dita, não é por isso que fazemos o que fazemos, certo?

    Conclusão? Continua a fazer o que achas deve ser feito, certamente algumas pessoas te irão dando feedback (positivo ou negativo). E de onde sentires falta de feedback, isso em si provavelmente terá também uma leitura evidente! 😉

    Um abraço,
    Rogério

  10. Lamento, nas últimas semanas tenho trabalhado 12h a 14h por dia, está calor, estou cansado e tenho tido desilusões em mais que um dos nichos com que temos trabalhado, a culpa não é do Rogério mas demonstra que a Antagonista está a precisar de um Relações Públicas.

  11. pventura diz:

    Parece ponto assente que encetar e levar a cabo estes trabalhos não é nada fácil – O Rogério realmente deve saber isso bem. Eu não o conseguiria, sou sincero… A minha vénia vai para o Roberto que, como “independente”, tem conseguido muito. A sua carolice é algo até demodèe nestes dias que correm – por isso é ainda mais preciosa e louvável. É claro que é mais fácil matar o javali de Erimanto, quando já sabemos onde ele está e temos uma estratégia clara para o fazer – e apoio de rectaguarda! Mas isso são coisas que brotam da experiência e caso ela seja minimamente bem sucedida, que venham os currais do rei Aúgias porque há javali para o jantar…
    É bom saber que a revista estará à venda em diversos pontos do país. Isso ajuda! Concordo que esta indefinição nas datas não ajudou muito, mas acredito que com o futuro trará maior rigor e certeza. Eu, tentarei divulgar o melhor que possa e só não vou estar presente porque o raio da crise e contenção económica me impede de ir! Raios partam o rating e quem o faz! Agora dizem: Pois, tu vais divulgar porque participas na próxima, nha, nha! WRONG!!! Eu já andava a divulgar, ainda nem sabia que ia fazê-lo!

    Acho que as preocupações com o tal fandom ( nã gosto desta palavra – prefiro leitores, apreciadores, etc ) são importantes mas eu tenho em crêr que não há nenhum fenómeno de desaparecimento dos mesmos… Acho é que houve uma metamorfose. Temos mais leitores de Fantástico do que nunca ( a ler coisas boas ou más, isso é outra conversa ) e menos “vendilhões” – até porque alguns desses tiveram de ajoelhar ao que outrora combatiam ferverosamente. Esses “novos leitores” estão interessados no tal mainstream ( olha outra! ) mas também noutras coisas e é preciso mostrar-lhes que há outras coisas para além do que se vê na zona de venda de livros do Continente. Aqui também se terá de jogar com uma dose do que é comercial – Ugh! Que remédio! O mais importante é a divulgação – essa sim, tem de ser hercúlea! Depois colhe-se o feedback e usa-se esse feedback para limar arestas – Rogério dixit. Pronto! The End!

    Apesar da crise, das desilusões de o Fábio fala, estou com “fé”!! Desculpem o comentário ser um pouco desordenado e “descabelado”, mas é a tal desilusão – não dá para mais! 🙂

    Abraços aos três!!

  12. pventura diz:

    Aliás, aos quatro!

  13. (Ainda não li mais nenhum dos comentários, só o do Roberto, e é a esse que vou responder.)

    Roberto,

    Sempre te apoiei nos teus projectos, todos eles muito louváveis no meio do Fantástico, com muitas falhas em termos de publicações, tanto de livros como de revistas e jornais.

    “Quanto muito temos comentários insultuosos na net, espalhados por fóruns e afins e gente a agoirar os projectos.”
    Ninguém aqui foi insultuoso. A mim, parece-me que só o Flávio foi menos correcto, e todos nós dizemos coisas que não queremos, ou não da forma que queremos, por vezes.

    “Se considero o jornal inovador? Sim, comparando com o actual mercado de publicações no fantástico português, penso que uma publicação de carácter mensal, com períodos de submissão abertos durante todo o ano, que não publica autores por convite e que publica apenas autores de língua portuguesa terá de ser considerada diferente da Dagon e da Bang!. Isto na parte de “ficção”. Na parte de “não ficção” têm bastantes semelhanças.

    Mas será que isto realmente merece ser discutido? Penso que outras coisas devem ser discutidas relativamente a esta publicação.”
    Realmente, acho que há muito pouco a ser discutido relativamente a este assunto. Eu não acho que o jornal não seja inovador, bem pelo contrário. A questão não é essa. O que está em causa, e parece que já tinha antes sido apontado pelo Rogério, são as palavras usadas na apresentação do jornal, e passo a citar – “(…) um projecto (…) cujo principal objectivo é colmatar a actual ausência de órgãos nos quais os novos autores, portugueses e lusófonos, possam ser publicados”. Nem a Dagon nem a Bang! se recusam a publicar novos autores, nem uma nem outra se restringem a autores já publicados.
    Eu louvo os teus projectos, sabes que sim, mas isto que está a ser feito é publicidade enganosa – e isso não é nem moral, nem legal.

  14. Outra coisa, Roberto. É verdade que muitas vezes o que recebes em resposta aos teus projectos é silêncio da maior parte das pessoas, mas não podes querer já grande euforia relativamente a este jornal porque, para além de ter acabado de sair, nem sequer está divulgado em alguns sites que eu diria chave – o forum Bang!, por exemplo. Vou já tratar disso, assim que receber resposta da Safaa a uma pergunta que lhe enviei.

    Com isto só quero dizer que não podes lamentar a não reacção do público quando o projecto nem sequer está devidamente divulgado.

    Abraço.

    • A do forum Bang é de carregar pela boca!

      Não me tinha apercebido que era lá que se formava opinião, ou talvez melhor dito, enformava.

      • pventura diz:

        Não quero parecer bombeiro mas temos de relativizar… É mais um lugar onde haverá divulgação e isso é bom… Um lugar onde há pessoas interessadas no assunto, que poderão ter vontade de saber mais. A opinião será formada depois de ler a revista e só então. As críticas/opiniões construtivas ( positivas ou negativas ) serão certamente bem aceites pelo Roberto, as maliciosas/tendenciosas ( caso as haja ) ficarão no deserto limbo que lhes é destinado pela racionalidade.

      • O Fórum Bang! não é O site do Fantástico português. É UM DOS, na minha opinião.
        É um forum com dezenas, para não dizer centenas de visitantes assíduos, muitos deles que já manifestaram por diversas ocasiões vontade de que existissem publicações periódicas do género. E, tendo em conta que provavelmente nem um vigésimo das pessoas que participam no forum conhecem ou lêem o Correio, acho importante a divulgação do projecto lá.

        Mas é só uma opinião.

  15. pventura diz:

    É preciso ter calma, amigos… Ainda estou para presenciar uma grande euforia relacionada com um evento cultural que não envolva figuras mediáticas ou promessa de comes e bebes à borla… É verdade que foi em cima da hora, mas não sabemos as dificuldades com que o Roberto e a editora se debatem. Epá, se não se pode tomar o castelo de assalto, faz-se um cerco! Acredito que vá haver audiência na apresentação, apesar destes problemas de calendário. Mas isso nem é o mais importante… Não será na apresentação que se vai avaliar as vendas ou ter um feedback credível. Importante é divulgar a revista a partir de agora!

    Eu gostaria muito de poder ir ao lançamento, mas alguns ( muitos ) problemas impedem-me de o fazer – isto é verdade, não se trata de uma desculpa. Mas quer o barco chegue a bom porto, quer afunde, o Roberto terá sempre o meu apoio.

    Foi deselegante falar da Bang e da Dagon(?!) em termos comparativos? Foi. Realmente devia ter sido evitado. Eu percebo a conotação que apela à diferença, mas a escolha de palavras não foi a melhor. Vai contra as regras básica da própria publicidade? Vai! Pode contribuir para reacender estúpidos fogos? Pode! Mas tudo se resolve certamente com serenidade e lucidez – felizmente temos aqui ( nesta conversa ) pessoas avisadas o suficiente e mais do que isso até. Mas podia não ter sido o caso… Mas foi! Felizmente. Áfinal, há coisas bem piores – mais sérias…

    • Tens toda a razão, pedro!

      Eu acho que o que fez mais confusão foi o facto de já ter sido apontado o erro anteriormente, e depois ter sido escrito outra vez a mesma coisa :/ Só isso.

      Eu, ainda que gostasse, infelizmente não posso deslocar-me a Lisboa. Mas já amanhã irei à Dr. Kartoon comprar o meu exemplar.

      Abraços.

    • Se não me engano a Dagon é editada pelo Roberto e a Bang é que se assumiu como única revista no género.

      • pventura diz:

        Sim, a Dagon é do Roberto. Essa comparação até com a Dagon prova que não houve malícia no que foi dito, apesar dos mal-entendidos…

        Também começo a ficar um pouco abespinhado por não haver aqui mais gente, por a divulgação ainda estar a hibernar… Será por ser Julho?…

  16. Aqui tenho que realçar o “damned if you do” e “damned if you don’t”, no primeiro comunicado do jornal chamaram-me a atenção por ignorar a BANG! e a Dagon, no segundo comunicado chamam-me a atenção exactamente pelo contrário 🙂

    Pela minha parte, acabaram-se os comunicados, incube-me pagar a publicação e a distribuição do jornal, a divulgação irá doravante recair sobre o director.

    Quem tiver mais alguma coisa a dizer, agradeço que mo diga pessoalmente mais logo ou por e-mail, fim de discussão.

    • pventura diz:

      Desculpa a resposta não ser por email, mas é uma curta:

      A divulgação irá recair sobre o director e sobre todos nós! Acredito que quem “orbita” em redor deste blog o fará! E quem não “orbita” também o deveria fazer! Não é só criticar quando há ausência de trabalho… Isso é fácil!… Quando alguém faz alguma coisa também temos de ajudar essas pessoas – neste caso vocês. TODOS os que aqui passam e ficam, de uma maneira ou de outra, devem divulgar este trabalho. Não pode ser só ficar sentado à espera que os figos caiam na boca, certo?

      Abraço e tudo de bom para logo!

  17. Adeselna diz:

    Apesar de todos os contratempos o jornal vai finalmente sair e acho que devemos congratular as pessoas. Correram coisas mal, foi azar, segue-se em frente. Infelizmente não poderei comparecer ao lançamento, mas mal posso esperar para ler o artigo do Álvaro Holstein.

  18. Joel Puga diz:

    Atenção, é importa não confundir ausência de “feedback” com ausência de leitores. Ao fim e ao cabo, o que não falta pela net são “lurkers” 😉

    No que diz respeito ao “desaparecimento” dos fãs, acho que a maior parte em continua por aqui (e pelos blogs do género em egeral), mas mais caladinha, pois não se querem estar a chatear com certas e determinadas situações ou preferem investir o seu tempo noutras coisas que não discussões que se repetem Ad nauseam. Por outro lado, também acho que tem havido uma suavização de certas opiniões (ou terá sido uma mudança de perspectiva minha?) que se reflectem num menor número de discussões. Mas isto não significa que tenha deixado de haver debates. Uma vista de olhos pelos posts (e respectivos comentários) de Abril no blog de João Seixas são suficientes para todos nos apercebermos disso. Tomaram foi um rumo e um ritmo diferentes.

    Quanto ao jornal, irei comprá-lo quando encontrar numa fnac. Acho que é importante passar a mensagem às grandes superfícies que há interesse nestes pequenos projectos para que continuem a apostar neles e dar-lhes maior visibilidade.

    Os meus parabéns ao Roberto por todo o esforço que tem feito no género.

  19. A segunda quinzena de Julho não a melhor altura para fazer acontecer, mas a verdade é que vai acontecer mesmo daqui a umas horas. Como foi referido pelo Pedro Ventura «Ainda estou para presenciar uma grande euforia relacionada com um evento cultural que não envolva figuras mediáticas ou promessa de comes e bebes à borla…», isto também não ajuda, mas que vai sair vai, apesar dos agoireiros (se não conhecerem a espécie, perguntem aos Galegos que eles conhecem) e como diz e bem o Joel, leitores são muitos e o “fandom” anda por aí.

    Espero que o lançamento seja um sucesso, apesar de num ter um enorme cast a acompanhar como no da Dagon. E por falar em publicações, por favor, não tenham uma atitude brilhante com o Jornal como a que o JS teve com a Dagon que não presta apesar de não lida.

  20. Vou de férias e apesar do lançamento do jornal e de muitos dos que por aqui tem vindo expressar a sua opinião terem lá estado e recebido um exemplar, até ao momento “o único ruído tem sido um imenso silêncio”. Porque será?

  21. Algumas FNAC já têm lista de espera/pré-encomendas enquanto não chega lá (a distribuição em Agosto nunca é das melhores), mas consideremos que a revista é mesmo má e estão calados para não prejudicar as vendas 🙂

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