A segunda vinheta do dia, repleta de mitologia!
Miðgarðsormr
Álvaro de Sousa Holstein
Tinha sido concebida para aguentar todas as calamidades que a espécie estava fadada a suportar. Mesmo assim, na manhã da Quinta Era do Grande Salto, uma brecha apareceu na parede norte. O grande arquitecto deslocou-se pessoalmente para evitar maior estragos. Chegado à parede norte deparou com uma enorme brecha de onde uma luz azulada ia aumentando de intensidade. O solo junto à parede norte não apresentava qualquer irregularidade. Estava tão liso e brilhante como no dia em que tinha sido construída a estrutura. Nada fazia sentido ou explicava o porquê dos estragos na parede norte e muito menos estava preparado para o que acabava de acontecer. Uma enorme cabeça tinha saído da brecha.
O tempo tudo cura e resolve. É uma daquelas máximas que até os deuses conhecem e aceitam. Miðgarðsormr também o sabia e o dia tão esperado tinha finalmente chegado.
Logo que detectou a nanofalha no açoplasmoplanctôn, partiu, sabendo que iria recuperar as mais importantes obras escritas pelos que tinham habitado o terceiro planeta de uma obscura estrela e que davam a si mesmo o nome de Homens: o místico De Vermis Mysteriis, o perturbador Livro de Areia, o infame Necronomicon, o demiurgico Graal-Livro e a fulgurante Vollüspa. Agora se Þórr o tentar pescar de novo, nem os velhos deuses terão poder para impedir que o envie para Ragnarǫk.
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Simples e com muitas referências patentes de rasgar um sorriso. Gostei.