A primeira vinheta do dia já está disponível;) Mergulhem neste história de Marcelina Gama Leandro, uma das autoras publicadas na Vollüspa!
Os paralelepípedos tumulares no período pré-espacial do homo sapiens
Marcelina Gama Leandro
O sol brilhava intensamente, turvando-lhe a visão antes mesmo de sair da sombra da tenda. Com os óculos de protecção UV, chapéu e luvas, equipada sem deixar um centímetro de pele a descoberto, a Drª. Violet avançava em direcção às escavações dos túmulos recentemente descobertos. Em passo acelerado fugia do sol abrasador que tostava toda a superfície terreste desde a última chuva de meteoritos que alterara bruscamente todo o clima.
Assim que chegou perto das escavações saltou para dentro dos enormes buracos que tinham sido abertos pela sua equipa, entranhando-se no corredor que a levaria até a um dos paralelepípedos tumulares descobertos. Assim que chegou à câmara onde a atenção dos seus arqueólogos se concentrava, a equipa separou-se para a deixar passar, possibilitando uma visão geral de toda a descoberta.
A Drª. Violet retirou a máscara e o chapéu, destapando todo o rosto, e começou a ditar para o comunicador central o que poderia ser a descoberta mais importante de toda a sua carreira.
– Homo sapiens que pela estrutura será da época pré-espacial, em posição fetal, sobre um paralelepípedo suportado por quatro paus. – Deu um passo em direcção ao centro do espaço. – Esqueleto em boas condições sem indício de ter havido contaminação. – Deu mais um passo em direcção do esqueleto. – Homo sapiens encontra-se envolto em tecidos, com objectos decorativos nos pulsos e no pescoço. – A Drª. Violet viu entretanto algo que a intrigou envolto nos braços do homo sapiens. Aproximou-se mais e mais até quase se encostar ao paralelepípedo elevado do chão pelos simples paus e que suportava o corpo, com a mão envolta na luva protectora, puxou o estranho objecto dos braços do esqueleto e com muito cuidado para este não se desfazer, pousou-o sobre o tecido que cobria o paralelepípedo. Tirou um pincel de pelo de Genhor de um dos bolsos e limpou gentilmente a superfície. Com esforço tentou lembrar-se das suas aulas de idioma antigo, soletrando:
– V-o-l-l-ü-s-p-a.
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Obra: Conto no Jornal Conto Fantástico n.º1/2, Conto na Antologia de Contos de Literatura Fantástica Edita-me, Conto na Vollüspa. (Brevemente será editado com informação mais precisa)
Pelos visto a Vollüspa foi feita para durar…