Já publicitei em algumas crónicas a minha crença de que o actual estado de semi-analfabetismo da nossa população se deve, principalmente, à ausência de revistas que despertem as crianças e os jovens para a leitura, quando era jovem existiam dezenas de revistas nos quiosques, desde os Mickey, Tio Patinhas e Pato Donald até aos “mais pesados” heróis da Marvel e da DC acabando nas mais maduras MAD e Chiclete com Banana.
Hoje recordei, admito que num fervor de prospecção que me tem levado a escavar os romances de Vampire: The Masquerade e Babylon 5, os livros que despertaram o meu gosto pela literatura fantástica, pelo terror e pela ficção científica, a colecção aparentemente foi descontinuada em Portugal – a avaliar pela página da própria editora – mas mantém-se ainda no estrangeiro. Recordam-se das Aventuras Fantásticas?
Cheguei inclusive, com uns 13 anos, a escrever o meu próprio livro neste modelo!!! No liceu éramos uns quantos entusiastas e emprestávamos os livros uns aos outros ao ritmo que os íamos acabando. O primeiro volume que li/joguei foi precisamente de ficção científica, A Nave Perdida. Ficou quase um ano na prateleira até um qualquer dia em que lhe peguei e me viciei.
Façam Ian Livinsgtone e Steve Jackson o que fizerem, já despertaram milhões de jovens, de diversas gerações, para o Fantástico. Pessoalmente, gostava de os voltar a ler em português, como como as dezenas de obras da colecção ainda inéditas entre nós. Pormenor curioso, a colecção conta com a caneta de dois Steve Jackson, o britânico pioneiro do género e o outro estadunidense. Não sei qual a disponibilidade real das obras, mas estão aqui na Wook. Podem consultar, carregando aqui, o blogue da colecção brasileira.
Qualquer dia sinto-me o geek de serviço aqui no Correio do Fantástico, se calhar poupo-vos de um postal dedicado a Magic: The Gathering…. ou talvez não, ainda tenho uns baldes de cartas velhas para vender!
Esses Aventura Fantásticas fizeram parte das minhas leituras. Mas ainda recuo mais, com Rick Randon ( Falcão ), colecção Argonauta, colecção Cosmonauta, o Brick Bradford, etc…
Adorava esses livros. 🙂
O meu primeiro foi ‘O Assassino do Espaço’, e muitos dos livros li-os inicialmente, requisitando-os da biblioteca da escola ou da biblioteca municipal.
Depois fui recebendo os livros como presentes de aniversário ou de Natal, e juntei dinheiro para ter a colecção da Verbo, que ficou quase completa – penso que só me faltam 2 ou 3 livros, e são daqueles que já saíram mais para o fim da colecção.