Falei-vos aqui – há já bastante tempo até – sobre o projecto original levado a cabo por Miguel – Aka Haiden – e prometi voltar. O prometido é devido, como tão bem o diz Rui Veloso, e cá estou. FLI, é como se intitula o projecto, e é um acrónimo para Filme Literário Interactivo. Convém aqui recuperar a definição de FLI, dada, então, naquele primeiro artigo: «FLI, um conceito do próprio autor – Haiden – significa Filme Literário Interactivo, e é exactamente disso que se trata. De um Filme, que não usa Fita, de um Livro que não usa papel, e é interactivo porque podemos interagir com a obra – conforme veremos mais adiante. Na realidade, falar do conceito não será suficiente. Aquela máxima filosófica «O conceito de cão não morde» aplica-se inteiramente aqui. O conceito de FLI não será suficientemente esclarecedor, FLI é um conceito que apenas fará sentido quando experimentado.» Desenganem-se, portanto, aqueles que pensam que se trata apenas de mais um blog, porque assim não é. O resultado da experiência é tanto mais positivo consoante se esteja disponível para absorver a totalidade das vertentes oferecidas; aliás, o sucesso do projecto depende disso e a originalidade também. A Última Transmissão Humana deve ser vista num quarto escuro – como no cinema -, com o som no máximo, com tempo e um pacote de pipocas. Esta minha introdução é, ao mesmo tempo, uma advertência. Nos tempos rápidos que correm, tendemos a olhar para os blogs como um artigo de consumo rápido – como se fossem Fast Food informático -, algo por onde passamos os olhos num instante e só se virmos algo diferente é que nos demoramos. Para quem for em busca de A Última Transmissão Humana com este espírito, uma palavra de aviso: não vão. Têm de reservar tempo para ele, porque A Última Transmissão Humana é também um livro, é também um Concerto, uma exposição fotográfica; é uma experiência multimédia Fantástica que só poderá ser admirada por quem a apreciar – e apreciar implica dedicação de tempo. Não é à toa que ficou entre os finalistas do Prémio Zon Criatividade Multimédia em 2009 Cada texto está escrito num ritmo alucinante, numa cadência ritmada enriquecida com cores e destaques que apelam ao nosso subconsciente, despertando em nós emoções e reacções (leitura dinâmica através da psicologia das cores); existe uma relação intrínseca – embora nem sempre evidente – entre os poemas escolhidos – que funcionam como os verdadeiros planos artísticos da história, e apresentam-se sob a forma de visões proféticas, contactos da personagem principal com a divindade, premonições – e os textos da história; bem como entre as fotos – dos maiores fotógrafos a nível nacional – e tudo o resto; e a banda sonora – tocada ininterruptamente por um I-Pod Digital – é excepcional. Se já na altura – na primeira vez que visitei este site e falei sobre ele – A Ultima Transmissão Humana era um projecto multimédia monstruoso, ele cresceu para algo de proporções épicas. O autor continua a dinamizar o espaço e, com isso, a fazer evoluir o conceito FLI. Existe a possibilidade dos leitores lhe transmitirem as reacções que tiveram em determinado texto, e a oportunidade de partilhar os textos nas diversas redes sociais. Além disso, o autor, sugere-nos a música que deve acompanhar a leitura de determinado capitulo, potenciando desta forma a experiência que cada um de nós deve obter. Há mais. Temos uma videoteca – com os trailers disponíveis – e uma secção dedicada a videojogos – os últimos recomendados – sempre no âmbito e temática de A Última Transmissão Humana, em que um click nos levará para os site oficial. E no mesmo âmbito, temos outras ofertas/conselhos: álbuns musicais, enzines gratuitas sobre literatura fantástica, artigos sobre a UTH e um dicionário On-line para que se consulte as palavras que não se conhece. Aos poucos o FLI vai assemelhando-se a um Media Center com a vantagem de nos contar uma história. E a história? A história, apesar de surgir – no início – mais ou menos colada ao enredo do DOOM, apresenta uma evolução bastante interessante; e teve, até ao momento, um volte-face mirabolante que – curiosamente – coloca os leitores a K.O. no preciso momento em que personagem se salva de uma situação periclitante; e é este evento que descola totalmente o projecto da sombra do DOOM. Até à data o enredo não apresenta incoerências; o que é de louvar, principalmente porque os capítulos vão surgindo após a publicação dos anteriores, ao jeito de uma série televisiva. E o tema é bastante actual. O único senão é a baixa produtividade de textos. Temos de esperar muito tempo por novos desenvolvimentos – para minha pena. Mas penso que isso é inerente a todos nós que escrevemos por gosto, mas temos de trabalhar noutras coisas para ganhar a vida. Vão ver, vão ler, vão ouvir, vão assistir… Vão, porque não será em vão. Termino, cintando o autor: Esta é a minha história, Este é o meu destino, Esta é a minha Última Transmissão Humana
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